sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

REPÓRTER DA GLOBO EM ISRAEL JÁ FOI PRESA NO LÍBANO POR "ESPIONAGEM"

Em julho de 2007, segundo informações divulgadas na época pelo jornal canadense Corriere Canadese, a repórter Renata Malkes, correspondente da Rede Globo no Oriente Médio, foi presa por autoridades libanesas por falsidade ideológica e "espionagem". Renata tem dupla cidadania - israelense e brasileira - e estava no sul do país, próximo a Linha Azul, que há vários anos separa o Líbano de Israel. À época, Renata também trabalhava para o jornal israelense Yediot Aharonot - o mesmo que, tempos antes, havia distinguido seu blog "Balagan" como um "warblog", pela excelência da propaganda sionista. Junto com ela também foi detida outra jornalista, Lisa Goldman, nascida no Canadá. Para ler a notícia do Corriere Canadese, clique aqui. O caso ganhou certa repercussão na imprensa dos países da região. Cobriram o episódio, entre outros veículos, o jornal Daily Star, do Líbano, a TV Al Jazeera, do Catar e uma batelada de jornais e TVs israelenses. De volta à Israel, em 16/07/2007 Renata Malkes postou a seguinte mensagem em seu blog "O outro lado da Terra Santa (o Oriente Médio que você nunca viu)", homiziado no portal do jornal O Globo: "A gente sabe que fez uma coisa grande quando abre a porta para o entregador de pizza e ele diz "Eu te vi na TV esses dias. Não foi você que esteve no Líbano?". Se não estivesse morta de fome, acho que tinha fechado a porta de tanta vergonha. É, minha visita ao Líbano deu muito o que falar aqui na Terra Santa. Além da produção de uma série especial para a TV Record e duas matérias em O Globo, publiquei ainda uma série de três reportagens no Ynet onde já trabalhei no passado, e no jornal Yediot Aharonot. Podem espiar a série aqui, aqui e aqui. Pois é. Uma rápida visita de 12 dias ao país dos cedros acabou me dando cinco minutinhos de fama aqui em Israel. Dei entrevistas em rádio e tv e trabalhei horrores para fechar o material de todos os veículos a tempo. Ao contrário do que muita gente pensa, no entanto, não deu para curtir o pequeno sucesso muito não, viu? O estresse não permitiu. Em fração de segundos, a fama cruzou fronteiras e esta humilde blogueira virou manchete ainda na Al Jazeera e na TV Al Manar, a tv do grupo guerrrilheiro xiita Hezbollah. O grupo não gostou nada de saber que uma repórter brasileira-israelense andou circulando pelo território libanês e, segundo fontes libanesas, minha cabeça está "a prêmio"por lá. Afinal, "como pode ser que um inimigo sionista circule livremente pelo Líbano?" (sic). Pena. Foi uma jornada longa e posso dizer que a mais difícil dos meus nove anos de carreira como jornalista. Mentir sobre a origem, evitar detalhes da vida em conversas informais e enganar pessoas que me ajudaram tanto foram tarefas terríveis e eu confesso ter sofrido bastante por conta disso. Foi o preço que paguei para cumprir minha missão. Ocultei e preservei todas as fontes, não revelei detalhes de locações, não falei mal de ninguém e, ainda assim, querem minha cabeça no Hezbollah pelo simples fato de ter vindo de Israel. Enfim, estou de volta. Muito chateada com toda a repercussão do caso, mas feliz por ter feito um bom trabalho. O pior de tudo isso é constatar que vivemos num mundo ruim , cheio de ódio [grifo do Cloaca]. Não que não soubesse disso, mas sentir esse ódio na pele é muito diferente. Angustiante. Desde os dias em que circulei pela cosmopolita Beirute, pelo belíssimo Vale do Beqaa e pelos vilarejos semi-destruídos do sul do Líbano, ficava imaginando qual seria a reação de dezenas de pessoas que sorriam para mim e me tratavam tão bem se soubessem de onde eu vinha. Foi uma pergunta que nunca calou. Desafios que a profissão impõe. São os chamados ossos do ofício mesmo. A partir de amanhã vou contar em alguns posts os bastidores da aventura no Líbano. A foto é em Naqura, no sul do país. A palavra do dia em hebraico hoje é "itkarvut". Em bom português, "aproximação"."
. Algumas observações deste nosso Cloaca News: ao dizer que "não falei mal de ninguém e, ainda assim, querem minha cabeça no Hezbollah pelo simples fato de ter vindo de Israel", a repórter-soldado talvez não tivesse levado em conta que os insultos que ela dirigiu aos árabes em geral ("burros", mentirosos" etc) ainda estavam disponíveis em seu "warblog" Balagan. Ela só lembrou de deletar as postagens no dia 11 de agosto.
Sobre a "palavra do dia", no final do post, só pode ser um chiste, é ou não é?

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

SÓ FALTAVA ESSA: CENTRO SIMON WIESENTHAL DIZ QUE PT É CÚMPLICE DO NAZISMO

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A sede latino-americana do Centro Simon Wiesenthal, em Buenos Aires, fez circular, por meio das agências internacionais de notícias, seu "protesto" contra a nota emitida pelo Partido dos Trabalhadores, que classifica a ofensiva israelense sobre o território palestino como terrorismo de Estado (clique aqui para ler a nota do PT). Além disso, o Centro - que tem sua matriz em Los Angeles - encaminhou uma carta ao presidente do PT, Ricardo Berzoini, e ao secretário de Relações Internacionais do partido, Valter Pomar. Diz a missiva, assinada por Shimon Samuels, diretor de Relações Internacionais, e Sergio Widder, representante para a América Latina, que "o comunicado do PT é escandaloso, mas não de todo surpreendente, dado seu acordo de cooperação com o Partido Baath Árabe Socialista da Síria". E prossegue: "Lembremos que, sob o regime do Baath, a Síria deu abrigo ao criminoso nazista Alois Brunner, além do lugar-tenente de Adolf Eichmann na implementação da 'Solução Final' (de aniquilamento dos judeus na Segunda Guerra Mundial). Isso sim é cumplicidade com o nazismo".
Na desaforada epístola, eles EXIGEM, veja você, que o PT condene "o antisemitismo do Hamas" e afirmam que, com a postura adotada, o PT "demonstra solidariedade com o antisemitismo e o terrorismo". Este Cloaca News, humilde cafofo cibernético e arraia-miúda da blogosfera, sabe a diferença entre bombas de fósforo branco lançadas por caças F16 e morteiros Caramuru disparados pela fresta do vitrô do banheiro da quitinete da cunhada.
Essa correspondência do Centro Simon Wiesenthal, além de acintosamente diversionista, escandalosamente cínica e absolutamente desrespeitosa expõe, para quem quiser ver, que a organização outrora "caçadora de nazistas" transformou-se, ela sim, em apoiadora do genocídio e cão de guarda do terrorismo de Estado do atual governo israelense.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

REPÓRTER DA GLOBO NO ORIENTE MÉDIO SERVIU O EXÉRCITO DE ISRAEL

Correspondente da Globonews e do jornal O Globo não esconde seu desprezo pelos palestinos e diz que árabes são "burros" e "mentirosos"
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Antes de ser a titular do blog "O outro lado da Terra Santa (o Oriente Médio que você nunca viu)", abrigado na versão online do jornal O Globo, a carioca Renata Malkes manteve um outro blog, chamado "Balagan", que - ela mesma esclarece - significa "bagunça". Se você clicar aqui, verá que ela abandonou o blog, retirando de circulação todo o conteúdo postado. Mas, graças a uma engenhoca chamada Wayback Machine, todas as barbaridades que a jornalista escreveu de 2002 a 2007 ficaram arquivadas, para a sorte dos céticos (clique aqui para comprovar). Não queremos fazer a caveira de ninguém, mas os pobres leitores de O Globo e os que levam a Globonews a sério deveriam ter o direito de saber quem é a repórter escalada por eles para trazer as notícias e as análises daquela parte do mundo. Aqui, Renata Malkes exulta por ter seu blog reconhecido pelo jornal israelense Yediot Aharonot como um "warblog", ou seja, de divulgação da propaganda sionista. Aqui, ela ataca os palestinos, ridiculariza os árabes e, de quebra, esculhamba a virilidade dos brasileiros. Aqui, Renatinha destila baba sobre o MST, pelo apoio dos sem-terra à causa palestina. Aqui, diz que os árabes são mentirosos. Aqui, sobrou para a Venezuela; segundo ela, são "amigos dos brimos". E aqui, cara leitora, caro leitor, você verá Renata Malkes exultante por realizar seu sonho de ser aceita no Exército de Israel. Não sabemos se a jornalista da Globo participou de alguma missão militar. Mas, a julgar pelo perfil da moça, não temos dúvidas do que ela seria capaz de fazer com um fuzil Galil na mão. Você seria capaz de imaginar pessoa mais isenta para mostrar "o Oriente Médio como você nunca viu"?

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

DESENHO ARMADO

. . nascemos armados já sob a mira ............................de alguma bala vivemos armados sempre no rumo ............................de alguma bala armados morremos sem embargo nenhum ........................... de nenhuma bala ...........e enquanto o corpo ...........ocupa o espaço ............................de alguma vala ...........a alma escapa ...........louca, a galope ............................de alguma bala

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

AS IMAGENS DE GAZA QUE OS JORNAIS NÃO MOSTRAM

Com a colaboração de nossa leitora Jaquelina, tomamos conhecimento do Gaza Talk, um site criado como uma ferramenta de resistência, com o objetivo de mostrar ao mundo o massacre que vem acontecendo em Gaza. Para ir direto lá, clique aqui.
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Abaixo, retratos do genocídio. São 265 fotos. Para acelerar a exibição, pressione + no canto inferior esquerdo da telinha de exibição.

AQUI NÃO TEM REPÓRTER FINGINDO SE ESCONDER DE ROJÃO

Se você quiser ver, de verdade, o que está acontecendo na Faixa de Gaza, experimente a cobertura da PressTV, uma emissora estatal iraniana, lançada há pouco mais de um ano. O canal , via satélite, funciona 24 horas, e serve de contraponto à cobertura de seus pares do Ocidente, como a CNN e a BBC World. As transmissões são em inglês mas, mesmo que você não compreenda o idioma, você entenderá a força das imagens. São aquelas que as redes de TV brasileiras não mostram. Na PressTV, pelo menos, se o repórter tiver que se proteger, será de um míssil israelense e não de um morteiro de festa junina, como fez o audaz correspondente da Globo, Alberto Gaspar.
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Clique aqui para ir ao site da PressTV. E clique aqui para sintonizar a PressTV, ao vivo.